TECNOLOGIA INDÍGENA EM MATO GROSSO: HABITAÇÃO – 2 ed
“O título ‘Tecnologia Indígena em Mato Grosso: Habitação’ diz que é indispensável o seu conteúdo, uma reflexão sobre a questão, para qualquer abertura de ensino de Arquitetura, no Brasil.” Paulo Mendes da Rocha (Arquiteto e Urbanista), na apresentação desta segunda edição.
“Uma provocação necessária. É assim que vejo o trabalho do arquiteto e professor José Afonso Botura Portocarrero. Não apenas neste seu livro, agora em segunda edição, mas em todo o conjunto de atividades de ensino, pesquisa e documentação da habitação indígena que desenvolve na UFMT – Universidade Federal de Mato Grosso, através do Departamento de Arquitetura e Urbanismo e do Grupo de pesquisas Tecnoíndia, assim como, em seu exercício profissional, na aplicação desses estudos a projetos arquitetônicos contemporâneos.” Profa Dra Cristina Sá (arquiteta e professora da UFRJ).
“[Este] livro nos abre em toda sua originalidade e dignidade, mas também em toda sua restrição e especificidade tecnológica e socioeconômica, a Arquitetura Indígena Brasileira de cada uma das etnias estudadas. Ora, é justamente esse processo que se retira do limbo empoeirado das citações históricas e dos preconceitos, convidando-as a adentrar o universo das culturas locais e das civilizações dominantes no mundo globalizado e vivo da época presente.”
Arq. Carlos Zibel Costa (FAU-USP).
“Em sua tese de doutorado [...] o autor assumiu uma postura etnográfica no levantamento dos desenhos das casas indígenas, buscando suas fontes nos registros bibliográficos e no extenso trabalho de campo entre os Paresí, Bakairi, Myky, Irantxe, Xavante, Bororo, Umutina e os índios do Parque Nacional do Xingu (Yawalapiti e Kamayurá). O levantamento dos desenhos é uma de suas contribuições mais importantes, que se incorpora ao conjunto de trabalhos que são referências consolidadas no campo da própria arquitetura [...] O material de campo compõe um acervo inédito, contemplando habitações que pela primeira vez são registradas na perspectiva arquitetônica, em suas técnicas construtivas, o que leva também a uma contribuição substancial para os próprios índios, colaborando no registro de sua própria memória. [...]” Profa Dra Maria Fátima Roberto Machado (Depto de Antropologia/Museu Rondon – UFMT)
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JOSÉ AFONSO BOTURA PORTOCARRERO
Nasceu na fronteira com o Paraguai em 1951, na cidade de Bela Vista, Mato Grosso do Sul e reside em Cuiabá desde 1962; é arquiteto formado em 1976 pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo de Santos-SP. Em 1980 iniciou a carreira docente no Departamento de Engenharia Civil da Universidade Federal de Mato Grosso – UFMT. Entre 1984-1985 especializou-se em planejamento urbano na Universidade de Dortmund, Alemanha. Foi presidente do IAB-MT no período 1989-1990. Em 1993 ajudou a fundar e foi o primeiro secretário de Meio Ambiente de Cuiabá. Posteriormente retornou à vida universitária na UFMT, onde participou da criação do Departamento de Arquitetura e Urbanismo. Cursou o mestrado em História na UFMT, apresentando sua dissertação sobre a casa Bororo em 2001. Em 2006 teve sua tese de doutorado, Tecnoíndia, aprovada na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo. Em 2007 participou como arquiteto brasileiro convidado da 7ª Bienal Internacional de Arquitetura. Atualmente é professor associado II e pesquisador do Núcleo de Estudos e Pesquisas Tecnologias Indígenas – Tecnoíndia. Em 2014 recebeu homenagem da Federação Nacional dos Arquitetos e Urbanistas – FNA, como Arquiteto do Ano.