PEDRA CANGA
O editor Ênio Silveira, que publicou Pedra Canga, primeiro livro de Tereza Albues, destacou o fato da autora – que escreveu toda a sua obra em Nova York –, continuar “integrada ao realismo mágico de seu microcosmo mato-grossense, pantaneiro em particular, que constitui cenário e ponto de apoio de sua ficção. Visto de longe, da supermetrópole quase robotizada onde os seres se transformam em símbolos de computador, ele passa a ter contornos, cores, cheiros e sons mais nítidos do que antes, em cujo centro se agita, sonha e sofre um fragmento de humanidade que, assim como aquele das comarcas mississippianas retratadas por William Faulkner, escapa de seus estreitos limites geográficos para ganhar foros de universalidade.” Neste romance Tereza Albues recria uma pequena comunidade à beira do Pantanal, onde acontecimentos mágicos e criaturas estranhas envolvem todos os personagens.
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TEREZA ALBUES
Tereza Albues nasceu em Várzea Grande, Estado de Mato Grosso, em 24 de agosto de 1936. Graduou-se em Direito, em Letras e em Jornalismo pela UFRJ. Escreveu toda a sua obra em São Francisco e Nova York, onde viveu por 25 anos. Seus primeiros romances são ambientados nas planícies pantaneiras, no centro da América do Sul, onde nasceu. Em Pedra Canga, publicado no Brasil e Estados Unidos, seu primeiro romance, destaca-se com realismo fantástico a desumana exploração do homem por senhores de terras no Pantanal. Gerald Thomas, diretor de teatro e ópera, disse que “Tereza é uma escritora fenomenal”, “é um terremoto literário”.
Ênio Silveira, importante editor brasileiro que publicou seus primeiros livros, registrou que Tereza “tanto pode ser vista como escritora quanto uma força da natureza”, por sua prosa de ficção ser tão rica e surpreendente. Deixou como legado obra importante para a literatura brasileira com vários livros ainda inéditos. Faleceu em Nova York em 5 de outubro de 2005. Em 2013 Tereza Albues foi escolhida como Patrona Perpétua das Letras Brasileiras em Nova York, pelo BEA (Brazilian Endowment for the Arts).