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Páginas64

Formato19,8 x 26,2 cm

PapelOffset

AcabamentoBrochura, costurado

ISBN978-65-86328-01-1

SeloEntrelinhas

IKUIAPÁ: NA BOCA DO PARI

Ao embarcar nesta viagem pelos rios Cuiabá e Paraguai, seus mitos e lendas, quis saber como se deu o encontro de Rosemar, cuiabano de tchapa e cruz, com Anna, carioca apaixonada pelo estudo da cultura mato-grossense, para escrever esta história. Anna me explicou que não acredita em acasos... Rosemar foi tomar café da manhã em sua casa e ao comentar que o seu pai estava reconstruindo a casa da sua infância, à beira do rio Cuiabá, uma cascata de relatos e emoções daqueles anos começou a fluir.

Rosemar se lembrou, com riqueza de detalhes, dos banhos de rio, das canoas improvisadas, das brincadeiras, dos sabores e cheiros da infância, da avó e do pai contando histórias do Minhocão à luz de lamparinas e da tia que narrava muitas outras histórias.

“Era um ritual mágico, depois do sol se pôr, mansamente, na barra do Pari.” “Longe da cidade, sem energia, água encanada, televisão ou transporte, às vezes rumávamos da barra do Pari até a Cidade Alta, onde minha avó residia, a pé – minha mãe à frente e os cinco filhos atrás, como personagens saídos do quadro “Os retirantes”, de Cândido Portinari. A nossa casa era de madeira, pintada de azul, e o chão de cimento queimado de um vermelho intenso, sempre impecavelmente limpa” – conta Rosemar.

Anna ficou tão encantada com essas histórias que não sossegou até convencer o Rosemar a escrever, juntos, este Ikuiapá na barra do Pari. Agora, com a ajuda de João Batista, também professor e artista, podemos acompanhar o menino Branco em suas andanças, o Minhocão e outros personagens, além de conhecer melhor o rio Cuiabá, que os autores – três professores – querem muito ajudar a preservar. Sabemos que parte da história é real, parte é inventada. Será? O importante é deixar a imaginação nos arrebatar.
Maria Teresa Carrión Carracedo

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ANNA MARIA RIBEIRO COSTA

“Cheguei em Cuiabá em 1990, na companhia de Edu, Theo e, em meu ventre, Loyuá, depois de morar por quase uma década junto aos povos indígenas Nambiquara, Mato Grosso, e Potiguara, Paraíba. As letras de Dunga Rodrigues e os desenhos em nanquim de Antônio João de Jesus me apresentaram ao Minhocão do Pari. Da convivência com os povos indígenas e dos estudos acadêmicos de pós-doutorado em Ciências Sociais (PUC-SP), doutorado, mestrado e graduação em História (UFPE, UFMT e UFRJ) escrevi Potiguara cultura material (com José Eduardo Costa), Senhores da Memória: história do Nambiquara do Cerrado, Hatisu Nambiquara: lembranças que viraram histórias, Além do artefato: cultura material e imaterial Nambiquara, O homem algodão, Wanintesu: um construtor do mundo Nambiquara, Encantados da Terra Brasilis (com Rosemar Coenga) e Histórias e culturas indígenas na educação básica (com Giovani José da Silva). Esse intenso vivenciamento, que se juntou às recordações do menino Branco, conduziu-me mais de perto às narrativas espantosas da enorme serpente que me encantaram de tal grau que por elas fui levada a descer o rio Cuiabá, conhecer a imensidão das águas das baías de Siá Mariana e Chacororé na companhia dos seres encantados, até avistar a grande serpente emplumada no Mar de Xarayes. A riqueza desse vivenciamento foi encontrar parecenças dos seres mitológicos dos povos indígenas com os do vale do rio Cuiabá e entender que todos eles, cada qual ao seu modo, fazem o melhor de si para proteger a mãe natureza.”

ROSEMAR EURICO COENGA

“Trago, vaidoso, sangue cuiabano em minhas veias. Carrego em mim a nostalgia da infância. Vivi momentos importantes da minha infância à beira do rio Cuiabá, ouvindo histórias do Minhocão do Pari. Pari onde esta história se passa.

Este livro é uma declaração de amor à infância, às brincadeiras vividas em cima da árvore, do tempo de caça de marmelada, pitomba, de banhos tomados no rio. Das brincadeiras vividas em cima do pé de tarumã com meus irmãos e primos, observávamos o leito do rio, contorcendo-se em dança fluída, insinuante aos nossos olhos.

Era o tempo das enchentes, ora das secas, dos passeios de charrete, do delicioso quebra-torto, do entardecer, das histórias apavorantes à luz da lamparina, do cheiro do tarumã, da dama-da-noite, cheiro gostoso de boas lembranças, do rio outrora brilhante e transparente. Outro dia, com saudade desse tempo, idealizei com a amiga Anna a obra Ikuiapá, na boca do Pari. Esse rio lembrado por mim é carregado de nostalgia, sussurros e mergulho na memória da infância. É bom lembrar as coisas boas que vivemos. O rio segue seu curso, silencioso, mais intenso em minhas reminiscências. Minha lembrança é esta palavra: Obrigado!”

JOÃO BATISTA CONRADO [ Ilustrações ]

“A alma coletiva de um povo são suas raízes culturais...

No ambiente do Homem contextualizado em sua realidade existencial, traduzo em imagens, símbolos, texturas, linhas, luz e cores, o meu estar presente no Mundo.
Viajo e redescubro meu universo interior, assim como é de livre opção para cada pessoa, caminhar através do seu.
Sou “Peregrino de mim mesmo” e como os mitos desta América Latina Solar, sei que muitas vivas histórias temos para resgatar e testemunhar.
Minhocão do Pari, mulher Apá, a guardiã do Morro de Santo Antônio, os caboclinhos d’águas, as Cavalhadas de Poconé, os Siriris e Cururus entre tantas outras raízes culturais, de tanta memória viva não podemos fechar os olhos, nos omitir.
Sou como você. Tenho um nome que encerra história, uma história que limita um espaço, dimensiona o indimensionável, me prende no aqui e agora. Sou um malabarista, um viajor das Estrelas e na Vida o maior desafio é a busca do “Equilíbrio” no fio da Existência.
Como peregrino do meu próprio ser, não me prendo às garras da mesmice.
Como o Minhocão do Pari e a ousada Serpente Emplumada, me plasmo na ânsia de transcender o Tempo-espaço.”

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