CULTURA MATO-GROSSENSE
Festas de santos e outras tradições
“Este é um livro que expõe paradoxos. Em suas páginas estão a simplicidade-complexidade, rusticidade-sofisticação de parte significativa da cultura popular mato-grossense, expressas em suas manifestações materiais e imateriais. [...] O autor Roberto Loureiro elaborou um competente trabalho de síntese, tendo como eixo norteador o universo das festas de santos, com o valor e a profundidade de ser um dos atores que chama outros de genuína representatividade e às suas vozes dá audição. Ele conhece bem o palco e a audiência. Teve o cuidado extremo de traduzir e organizar as informações que recebeu com o zelo de um tradutor juramentado. Loureiro não teve a pretensão de elaborar uma pesquisa acadêmica. Escolheu suas fontes pelo critério de sua notória importância, a linguagem fácil, a comunicação objetiva. Quis e conseguiu ser sintético e didático. Apresenta aqui um rico panorama da cultura popular regional: festas de santos, danças e músicas regionais, festejos, mitos, lendas, artesanato, linguajar e culinária.”
(Maria Teresa Carrión Carracedo – editora e jornalista)
Indique esse livro
ROBERTO LOUREIRO
É cuiabano, engenheiro eletricista pela Universidade Federal de Goiás e pós-graduado em Análise e Elaboração de Projetos pela PUC de São Paulo. No seu currículo de servidor público estão as funções de professor assistente da UFMT; técnico da Cemat, onde chegou à Diretoria de Planejamento; técnico da Divisão de Minas e Energia e assessor da Secretaria de Planejamento do Estado. Na Codemat, foi assessor e diretor-presidente. A partir de 1994 assumiu o cargo de assessor parlamentar na Assembleia Legislativa do Estado, aposentando-se em 2012.
Mas, espere aí! O que no currículo de Loureiro o qualifica a falar sobre a cultura mato-grossense? Como um homem, afeito à matemática, física e química, se aventura no campo da cultura?
Bem, esta é uma história de paixão – paralela. Desde menino e durante toda a sua juventude, participou ativamente de mais de centena de festas de santos, nos municípios dos vales dos rios Cuiabá e Paraguai, onde tocava os instrumentos musicais tradicionais e dançava o siriri, o rasqueado e a dança de São Gonçalo... Completamente integrado às tradições mato-grossenses, conviveu com o universo mítico do garimpo, da poaia, da borracha, dos pecuaristas e do homem pantaneiro, a partir da década de 1940.
Como assessor parlamentar, procurou cerrar fileiras em torno de causas de interesse da cultura mato-grossense: no tombamento da viola-de-cocho, mocho e ganzá e na lei estadual que definiu o guaraná de ralar como bebida símbolo do Estado; na criação do aniversário de Mato Grosso e na realização da primeira Festa do Guaraná...
Loureiro é um devorador de livros, embalado em sua rede; pesquisador curioso de suas raízes, um apaixonado irredutível pela cultura material e imaterial mato-grossense. Um genuíno tomador de guaraná ralado na grosa, de linguajar cantado e apreciador da culinária tradicional, herança de família por gerações, que ele quer transmitir a seus filhos e netos e contar a todos que ainda não tiveram a oportunidade de desfrutar destes prazeres.